Aceleração do processamento de dados, divulgação de informações, telemedicina e robótica 5G passaram a fazer parte da rotina médica e da população
A tecnologia da informação é responsável por manter operantes as maiores empresas e organizações do mundo, sendo líder do ranking de profissões emergentes e envolvendo cada vez mais profissionais qualificados. No Brasil, o segmento cresce acima da média mundial e movimenta mais de 39 bilhões de reais por ano. A internet das coisas, por sua vez, refere-se à revolução tecnológica em que uso da internet em aparelhos, sendo um total de 100 bilhões de dispositivos conectados em todo o mundo e com perspectivas de crescimento - estima-se que a IoT deve movimentar mais de US$ 350 bilhões na economia brasileira até 2022.
A pandemia causada pelo COVID-19 modificou muitos processos na área da saúde, colocando a automação, o uso de softwares de armazenamento e processamento de dados, a internet das coisas (IoT) e as tecnologias remotas em grande destaque.
Do ponto de vista operacional, a ampla utilização fez necessária a gestão inteligente de dispositivos móveis em utilização com colaboradores, visando a otimização dos recursos e o controle de custos. Da mesma maneira, a rotina remota também exigiu a contração de novos serviços de TI, como armazenamento em nuvem e pacotes de dados compartilhados. É nesse sentido que a BTB Telecom reforça a necessidade de uma gestão de telecom abrangente e feita de maneira contínua, monitorando os recursos disponíveis e buscando formas de aprimorá-los.
No âmbito da área da saúde, o aumento da demanda hospitalar fomentou uma necessidade fundamental: agilizar o maior número possível de ações, liberando tempo de profissionais para ações que exigem a presença humana. Enquanto as telecomunicações representaram a solução ideal para manter a conexão a distância, a automação também foi vista com bons olhos que viram a redução de custos suprir a situação de crise que se mostrou mais latente. A implementação de uma logística reversa de qualidade também se tornou mais incisiva, já que procedimentos adequados de conserto e reparo podem representar o uso sustentável de equipamentos eletrônicos e ainda resultar em uma economia de investimentos.
Quando a pandemia chegou ao país, em março, as primeiras modificações giraram em torno da triagem: a aquisição de licenças de softwares para implementação ou o aperfeiçoamento de prontuários eletrônicos facilitava a triagem ao inserir perguntas diretas sobre os sintomas do vírus. Além da aceleração do atendimento, a utilização também permitia um controle maior das estatísticas sobre o perfil dos pacientes – como o aumento do número de pacientes com problemas respiratórios, por exemplo.
Acesso remoto vs atendimento especializado
Enquanto todo o país assistiu ao crescimento do trabalho remoto e das videoconferências, o segmento da saúde viveu uma dualidade: a procura por distanciamento para proteção própria e a necessidade de atender seus pacientes. A utilização de um bom serviço de telecom passou a ser maior, já que a necessidade de comunicação remota cresceu. Às empresas que já tinham soluções habilitadas, o aperfeiçoamento abriu espaço para acionar outras formas de consultoria em telecom, resultando em uma expansão do setor. Como já dissemos, a gestão dessa estrutura também se tornou mais complexa e, por isso, passou a exigir o acionamento de empresas com expertise especializada para a otimização adequada.
A IoT mostrou-se uma grande ferramenta nesse sentido, já que indicadores das próprias empresas de telemedicina mostram como ela passou a ser utilizada com muito mais frequência. O telemonitoramento também fundamental, sobretudo em hospitais de campanha, para suprir a demanda de profissionais e auxiliar na redução das chances de contágio. Em nível global, dispositivos conectados permitiram o acesso remoto a robôs com tecnologia 5G e marcaram as primeiras cirurgias remotas da história.
População conectada
A população também percebeu como a tecnologia poderia ser aliada nesse momento. A Anatel realizou uma série de medidas para conseguir manter a população brasileira o mais conectada possível, facilitando o acesso à informação e estimulando as formas de comunicação remotas. O SUS lançou o aplicativo Coronavírus, que elenca uma série de perguntas que usam o indivíduo a atender se realmente precisam ir ao médico. Encontrar um serviço público de saúde de fácil acesso também é possível, já que o app utiliza geolocalização para mostrar as unidades próximas.
Inteligência artificial e internet das coisas: reduzindo a carga humana
Logo em seguida, foi a vez da testagem ser o foco da questão. Driblando problemas como a falta de insumos para a realização dos testes, os laboratórios viram também em cheque a sua capacidade de processamento e divulgação de dados. Em abril e maio, laboratórios privados recebiam demandas altas de testes de RT-PCR e precisaram implementar tecnologias de automação, armazenamento e organização de informações para dar conta do recado. Para reduzir o contato com o paciente, apps de cadastro permitiam a coleta de dados em segundos. O uso de inteligência artificial reduziu o tempo de análise de resultados de exames. Impressoras 3D passaram a ser usadas para a produção de hastes de coleta. A Fiocruz promoveu remotamente o treinamento de profissionais para atuar nessas ações e na utilização das novas tecnologias.
Adequação e novos rumos
Ao decorrer do tempo, as tecnologias foram se aperfeiçoando e se tornando parte da rotina dos profissionais de saúde. As análises estatísticas para entender as curvas de contágio e letalidade operaram com agilidade graças à comunicação de dados, enquanto a criação de gráficos e dashboards interativos com tecnologia BI e simplificados levavam a todos as atualizações sobre o avanço da doença.
As ações exigidas pra o enfretamento da pandemia, assim, não só receberam o apoio da tecnologia, mas também forçaram o seu aperfeiçoamento rápido. O desenvolvimento tecnológico cresceu e está crescendo devido às necessidades da população e, mais do que isso, está ganhando a confiança de setores da sociedade que, até então, eram céticos em relação ao seu uso. A consciência de que a tecnologia chegou para ficar e de que ela representa uma opção segura, confiável e positiva para todos – a ponto de ser usada na área da saúde durante o período mais desafiador que o século XXI já registrou - está sendo desenvolvida e aumentada a cada dia, estimulando ainda mais novos avanços e aperfeiçoamentos.